domingo, 1 de maio de 2016

Deixe-me ser quem sou.

"Você tem que fazer mais loucuras" escutei ela dizer. Essa é uma das típicas frases dela, e de quem estava com ela, eu estava também, mas não era uma típica frase minha. Essa é uma entre tantas coisas que as duas concordam, elas são grudadas e vivem rindo juntas. Eu sou o chiclete que não colou, a risada que não saiu, ou a que se fingiu. Eu sou insignificante perto delas, é assim que me sinto. Vivi esse sentimento estranho a vida toda, e o escondi. O fiz insignificante como eu me sentia ali.
Talvez você de quem falei a frase esteja lendo, de nada me importa, mas só quero que não tente me fazer melhor, não quero que me chame porque me sinto excluída, quero que finja não saber disso; pois de nada adiantaria mesmo, assim como não adianta você falar que eu deveria fazer mais loucuras. Deixe eu me esconder no meu cobertor com medo do mundo, quando eu quiser voar, voarei. Deixe que eu escolha. Por que é tão necessário fazer loucuras nesse mundo de jovens? Pergunto eu.
Escolhi a loucura de ser eu mesma, meu bem.
Desculpe senão aceitei,
Fazer loucuras contigo,
Pois já fazia muitas comigo.
Abusei-me da loucura de dizer não. E daí? E daí que vocês terão mais histórias para contar aos seus netos do que eu? Como vocês dizem mesmo? Ah sim, suas histórias de loucuras. Talvez enquanto isso eu esteja em um hospício; pela falta das minhas, ou pelas demasiadas loucuras que vivi. Nossas loucuras são diferentes, desculpe-me dizer, mas somos diferentes como elas...

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